Muge ontem ficou de luto, pela perda de um filho da terra.
Uma perda irreparável, insubstituível, de um homem que ainda tinha um ar de menino.
O Luís Caixa ou “gato” como era conhecido por todos deixa-nos todos mais pobres, e acima de tudo a sua família a e Vera, que ao longo de muitos anos partilhava a vida com ele.
O Luís é um amigo, um grande amigo, com quem tive o privilégio de partilhar a infância, a juventude e grandes momentos enquanto adultos.
Lembro-me que era com o Luís e mais outros miúdos que aos domingos à tarde ouvíamos os relatos da bola lá na rua numa telefonia. Nessa mesma rua onde todos os fins da tarde quando saíamos da Telescola jogávamos à bola, com pedras a fazer as balizas e onde nenhum carro tinha ordem de passar. A rua onde jogávamos às escondidas nas noites de verão, onde nos santos populares fazíamos a maior fogueira da vila, acartando sacadas de rosmaninho nas nossas biclas.
Foi contigo, com o Leal e o Manholas que fomos os 4 ao Estádio da Luz quando o nosso Benfica foi campeão em 1994… ainda me lembro do jogo do Benfica com o Leverkussen que foi um comemorar de golos e de sofrimento, um entra e sai da tua casa cada vez que o Benfica marcava um golo.
Tantas aventuras e brincadeiras que partilhámos juntos enquanto crianças, das quais nunca me irei esquecer.
Foi em miúdo que começaste a jogar à bola, uma das tuas paixões assim como a música. Nunca abandonaste a banda nem a bola. Jogaste em muitos locais onde fizeste muitos amigos, assim como músico em todas as deslocações que faziam, tu contagiavas toda a gente com o teu sorriso, com a tua forma simples de viver, e pelo gosto de viver sem complicar.
Tinhas sempre tempo para tudo, Futebol, Música, Festas, Petanca, sempre que era preciso alguém para ajudar no que fosse, lá estavas tu de mangas arregaçadas… e com um sorriso no rosto a dizer que nada era complicado, tudo se resolvia.
Era impossível não gostar de ti, sempre amigo do teu amigo, simpático, divertido, bem disposto e tudo o que de mais se pode adjectivar de ti.
O ano de 2010 pregou-te uma grande partida. Uma traição a alguém que tinha muito gosto em viver, é o que considero. Mas costuma-se dizer que Deus quer ao seu lado os bons… e levou-te para o pé Dele.
Diz o povo que os gatos têm sete vidas, as tuas esgotaram-se em tão pouco tempo.
Muito fica por dizer em tua honra, mas ficarás para sempre guardado no coração de todos os Mugenses.
À Vera, aos teus pais, irmãos, avó, tios, primos e restantes familiares envio as mais sinceras condolências.
Até sempre amigo…
Aquele grande abraço
César
Uma perda irreparável, insubstituível, de um homem que ainda tinha um ar de menino.
O Luís Caixa ou “gato” como era conhecido por todos deixa-nos todos mais pobres, e acima de tudo a sua família a e Vera, que ao longo de muitos anos partilhava a vida com ele.
O Luís é um amigo, um grande amigo, com quem tive o privilégio de partilhar a infância, a juventude e grandes momentos enquanto adultos.
Lembro-me que era com o Luís e mais outros miúdos que aos domingos à tarde ouvíamos os relatos da bola lá na rua numa telefonia. Nessa mesma rua onde todos os fins da tarde quando saíamos da Telescola jogávamos à bola, com pedras a fazer as balizas e onde nenhum carro tinha ordem de passar. A rua onde jogávamos às escondidas nas noites de verão, onde nos santos populares fazíamos a maior fogueira da vila, acartando sacadas de rosmaninho nas nossas biclas.
Foi contigo, com o Leal e o Manholas que fomos os 4 ao Estádio da Luz quando o nosso Benfica foi campeão em 1994… ainda me lembro do jogo do Benfica com o Leverkussen que foi um comemorar de golos e de sofrimento, um entra e sai da tua casa cada vez que o Benfica marcava um golo.
Tantas aventuras e brincadeiras que partilhámos juntos enquanto crianças, das quais nunca me irei esquecer.
Foi em miúdo que começaste a jogar à bola, uma das tuas paixões assim como a música. Nunca abandonaste a banda nem a bola. Jogaste em muitos locais onde fizeste muitos amigos, assim como músico em todas as deslocações que faziam, tu contagiavas toda a gente com o teu sorriso, com a tua forma simples de viver, e pelo gosto de viver sem complicar.
Tinhas sempre tempo para tudo, Futebol, Música, Festas, Petanca, sempre que era preciso alguém para ajudar no que fosse, lá estavas tu de mangas arregaçadas… e com um sorriso no rosto a dizer que nada era complicado, tudo se resolvia.
Era impossível não gostar de ti, sempre amigo do teu amigo, simpático, divertido, bem disposto e tudo o que de mais se pode adjectivar de ti.
O ano de 2010 pregou-te uma grande partida. Uma traição a alguém que tinha muito gosto em viver, é o que considero. Mas costuma-se dizer que Deus quer ao seu lado os bons… e levou-te para o pé Dele.
Diz o povo que os gatos têm sete vidas, as tuas esgotaram-se em tão pouco tempo.
Muito fica por dizer em tua honra, mas ficarás para sempre guardado no coração de todos os Mugenses.
À Vera, aos teus pais, irmãos, avó, tios, primos e restantes familiares envio as mais sinceras condolências.
Até sempre amigo…
Aquele grande abraço
César
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